Dia 21 de março, comemoramos o Dia do Pão Francês, mas sempre é dia para celebrar esse item gastronômico que não falta na mesa dos brasileiros, principalmente no café da manhã, e que é o carro-chefe das padarias.
Cerca de 41 milhões de brasileiros entram nas padarias todos os dias para comprá-la, conforme a Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria (ABIP).
Também conhecido pelos nomes de pão de sal, carioquinha, cacetinho ou filão, a iguaria hoje em dia é o produto mais consumido nas cerca de 70 mil padarias brasileiras. Com isso, segundo a ABIP, em média, o Brasil utiliza 658 toneladas de farinha de trigo destinadas exclusivamente à produção do famoso ‘pãozinho’ de cada dia. Além disso, de acordo com o Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Mato Grosso (Sindipan/MT), 76% dos brasileiros comem o tradicional pão francês no café da manhã.
Você sabia que história da receita ‘queridinha’ dos brasileiros de francesa não tem nada!?
Em entrevista exclusiva à Rede Food Service, Luiz Ivanildo Tenorio de Farias, mundialmente conhecido como Chef Luiz Farias pelo seu trabalho como Chef de Panificação e Confeitaria, tendo sido, inclusive, eleito o Melhor Chef Patissier do Mundo pela UIBC International Union of Bakerys and Confectioners em 2016, conta que “a história do pão francês, que é brasileiro, se popularizou no século XIX, mas foi no início do século XX que surgiu mesmo o pão francês no Brasil. Consta que, nessa época, as famílias reais e tradicionais viajavam para o exterior, especialmente, para a França, onde havia um pão curto com casca crocante e miolo branco precursor da baguete, bastante popular no pais. E, chegando no Brasil, essas famílias teriam descrito o pão aos seus cozinheiros padeiros, que tentavam reproduzir a receita. Mas, no início, foi bem diferente e o pão acabou saindo com casca e miolo escuro. Mas, com o passar do tempo e o desenvolvimento de melhores farinhas, houve a evolução do processo, com o uso de matéria graxa e açúcar. Assim, tudo foi evoluindo, mais nos anos 60 e 70, quando surgiu, no Brasil, o uso de melhoradores. E, com essa mudança do processo, foi possível chegar na atual receita que, hoje, é uma verdadeira preferência nacional, sempre crocante, casca fina e pestana bem acentuada, o que dá a referência de qualidade do produto acabado e que o brasileiro tanto ama”, ressalta.
Pão francês com ovo, nata ou pão com manteiga – qual a melhor combinação com um “francesinho” quentinho? Que tal agora comemorar o Dia do Pão Francês do jeito mais prazeroso que existe? Claro, experimentando essa iguaria da forma que preferir e sempre atento a como essa popular receita pode somar ao cardápio diário.
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