A inteligência emocional ajuda a nos conhecer melhor e a deslizar mais suavemente pela vida.
Daniel Goleman, psicólogo e escritor, autor do best-seller Inteligência Emocional, quanto mais intenso é o sentimento, mais dominante é a mente emocional sobre a racional. Uma disposição que, segundo ele, parece ter tido origem há bilhões de anos, quando não fazia muito sentido parar para pensar frente à ameaça de um animal da megafauna.
Acontece que hoje vivemos circunstâncias diferentes, mais complexas, numa sociedade pós-moderna, como dar ou ouvir um feedback difícil, romper uma relação de amor, negociar uma sociedade ou mesmo levar uma fechada brusca no trânsito.
Não dá mais para responder a elas da mesma forma que nossos ancestrais reagiam a problemas do período Pleistoceno, embora nosso repertório de emoções primárias (medo, tristeza, felicidade, raiva, nojo e surpresa) continue exatamente o mesmo. Em suma, agir só no calor do momento, sem pensar, é um baita tiro no pé!
O que são as emoções?
As emoções são respostas inconscientes a estímulos externos ou a registros de memória, fundamentais à nossa tomada de decisão para agirmos em direção ao que desejamos e nos parece mais favorável em determinada situação.
São respostas que vêm acompanhadas de manifestações fisiológicas, como o aumento do batimento cardíaco, sudorese ou respiração acelerada.
Ser emocionalmente inteligente significa justamente saber organizá-las, nos tornar mais conscientes e reflexivos a respeito delas a fim de coordenar melhor nosso comportamento frente aos desafios da vida.
Tomar distância
Quem de nós já não reagiu de forma desproporcional ou equivocada frente a situações do dia a dia, e se arrependeu depois?
Por isso, o autoconhecimento é tão importante. Quando eu reconheço em mim e em meu corpo a emoção que sinto, eu posso me afastar, respirar fundo, pedir um tempo, antes que ela fique intensa demais, sequestre meu racional e me leve a ter atitudes impulsivas
Tomar distância é sempre uma boa estratégia, porque as emoções duram pouquíssimo tempo, logo se arrefecem.
Reconhecer e validar as emoções
Falar mais, observar-se, escrever e refletir sobre as emoções, sem tanto juízo de valor – é o caminho.
Ao reconhecermos e validarmos a vastidão do nosso campo emocional, também conseguimos apreendê-lo no outro, no processo da empatia – pilar das relações mais verdadeiras, saudáveis e duradouras, em casa, no trabalho e em todos os ambientes.
A inteligência emocional pode ser desenvolvida e aperfeiçoada no decorrer da vida, depende de esforço, disponibilidade e da boa vontade de mudar, pois há uma considerável distância entre o que compreendemos que deve ser feito e o que de fato fazemos para transformar a realidade.
O assunto tem continuidade no próximo Post – Os cinco pilares da Inteligência Emocional.
Imagens Reprodução