Lembro da minha infância quando ia visitar minha avó materna – Sabina, por lá havia muitos pés de figos. Nós crianças adoravamos colher para saborear a fruta, minha mãe, tia e a vó faziam usavam o figo para fazer o tradicional doce de passar no pão e a compota. O figo é uma fruta da minha infância, uma fruta de lembranças boas.Com uma aparência que lembra a de uma pêra, o figo se destaca pela crocância do sabor, aquelas sementinhas que ficam no doce me encantam, o sabor é inigualável. Gosto de todas as versões – doce para comer com pão e nata; em calda ou compota – como sobremesa acompanhado de creme de leite, com carne suína, na pizza Califórnia e como recheio de bolo. O figo é uma fruta deliciosa, está presente na história da humanidade desde os tempos de Adão, ele agrega sabor e beleza a receitas doces e salgadas.O figo tem curiosidades que envolvem a planta. As flores da figueira são invertidas. Isso quer dizer que essas flores se abrem dentro de um receptáculo em formato de pêra, que amadurece e se transforma no figo propriamente dito. Dentro de cada figo, existem muitas flores que geram apenas um fruto cada – aquela espécie de sementinha que garante a crocância da “flor/fruta”. (https://saberhortifruti.com.br/figo/)
Podemos dizer então que o figo é meio fruta, meio flor; doce, mas não muito – versátil na cozinha. Fresco, pode incrementar saladas. Seco ou desidratado, vai muito bem em sobremesas e recheios de assados.
Figo é bom em todos os sentidos. A paleta de cores é linda! Com inspiração na fruta da figueira, a mesa posta é repleta de conceito, beleza e sabor. Separei algumas inspirações na cor e com a fruta.
No Brasil, a variedade mais consumida é o figo roxo. O período de colheita começa no final da primavera. Os figos tardios [obtidos graças à poda tardia das árvores], os melhores em termos de sabor, são os figos colhidos entre novembro a abril (Fonte: Sindicato Rural de Valinhos).
Um doce tradicional | As compotas de frutas são uma das mais tradicionais formas de doces no Brasil, mas no caso no figo, essa tradição é também destaque na história imperial do Brasil.
As frutas cozidas em açúcar e especiarias, eram as sobremesas mais comuns nas casas de fazenda, acompanhadas por bolos e biscoitos. Segundo relatos, o Imperador Dom Pedro I era apaixonado pelo doce de figos verdes (compota) e no casamento da Marquesa de Santos, o doce foi servido para os convidados.
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