Fim de ano que se preze precisa ter as iguarias mais famosas da época. E é só chegar novembro e dezembro e começa a discussão entre quem ama panetone e os que preferem chocotone. Muitas discussões e argumentos são dados. Mas a verdade é que todo mundo tem o seu preferido. Então vamos conhecer um pouco mais sobre a história deles?
Na Itália, o panetone, tem sua receita no livro “Le Ricette Regionali Italiane” – a bíblia da gastronomia – e deve ser seguida à risca. Desde 2005, um decreto determina as quantidades mínimas de cada ingrediente da receita, caso não siga as regras, perde o direito de ser vendido como panetone italiano.Dizem que ele foi criado na véspera de Natal por um erro de um assistente de padeiro, que teria jogado uvas passas em uma fornada de pão e tentou corrigir a massa adicionando manteiga, ovos e frutas cristalizadas. Ou do nobre italiano que queria conquistar a filha do padeiro Toni ao encomendar um pão diferente.
Outra curiosidade. Pandoro e o Panforte de Siena – pães similares ao panetone, mas com processos diferentes de fermentação, seguem um ritual próprio de degustação. Os pães começam a aparecer nas casas das famílias italianas logo no início de dezembro. Sempre que alguém chega na casa, o dono vai perguntar se ele quer uma fatia dos pães com uma taça de Prosecco (espumante típico do Norte da Itália), marcando oficialmente a abertura das comemorações natalinas. Bacana né?
No Brasil, o que se sabe é que pode ter sido trazido em algum momento durante a Segunda Guerra Mundial, quando o imigrante Carlo Bauducco migrou para o país e trouxe uma receita tradicional de família.Em 1948, Carlo abriu uma doceria no bairro do Brás, em São Paulo, vendendo aquele pão doce de Turim com frutas cristalizadas e essência de laranja. A receita agradou tanto que, em poucos anos, o consumo de panetone se popularizou a ponto da pequena venda se tornar uma indústria, e o Brasil passou a ser o segundo maior produtor mundial do alimento atrás da Itália.
Segundo a Bauducco, a evolução da receita tradicional aconteceu anos mais tarde, em 1978, quando o neto do fundador, Massimo, criou o projeto do panetone de chocolate para a faculdade. Foi o pontapé que o pão precisava para começar a ganhar novas versões.Foi o pontapé para ganhar novas versões. Gosto é uma questão muito particular, mesmo se cair na polêmica da uva passa. Para este Natal, uma famosa marca de chocolate desenvolveu o panetone Dreams Banoffee, isso mesmo, lembra a torta inglesa, leva gotas de chocolate ao leite na massa, recheio sabor doce de leite e banana e cobertura de chocolate branco, açúcar e canela. Há opções natalinas no sabor Romeu e Julieta, a clássica combinação de queijo e goiabada, e o de Paçoca, recheado de creme de amendoim.
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