Fotografia | Leila Lindiana
Quem já não se pegou “cortando” a praça para chegar mais rápido ao destino ou sentou em alguns dos seus bancos para ficar observando o vai e vem da vida? As praças nos oferecem a possibilidade de tomar sol, desestressar e ainda presenciar fatos pitorescos, como encontro amorosos, conversas de amigos ou alguém que simplesmente quer ficar por alguns minutos sozinho ou “matando” tempo.A Praça Eduardo Virmond Suplicy, está localizada no centro de Francisco Beltrão, junto ao calçadão. Com uma área de mais ou menos 7.700 m², foi construída e inaugurada na gestão do prefeito Antonio de Paiva Cantelmo em 1969. A escolha do nome se deu em homenagem ao primeiro administrador da CANGO (Colônia Agrícola Nacional General Osório), o carioca Eduardo Virmond Suplicy.
Alguns símbolos marcam a praça, uma placa de bronze fixada no obelisco, edificada no centro da praça para homenagear os colonos pioneiros do sudoeste do Paraná. Uma “cuia de chimarrão”, monumento em homenagem aos tradicionalistas e uma placa em homenagem o GETSOP (Grupo Executivo para as Terras do Sudoeste do Paraná). Mais recentemente, cerca de 4 anos um chafariz foi instalado por lá e nos encanta com a dança das águas.
No ano de 1988 com o projeto do arquiteto Dalcy Salvatti, ocorreu a reurbanização da avenida Júlio Assis Cavalheiro. A Avenida foi interrompida entre a travessa Frei Deodato e a Rua Tenente Camargo, surgindo o Calçadão que fica em frente a praça.
Lugar de sombra, na Praça Eduardo Virmond Suplicy são cultivadas 21 espécies de árvores, 12 são nativas, as demais são exóticas. As árvores nativas são a Figueira, Pitangueira, Araçá amarelo, Jabuticabeira, Buriti, Canela, Corticeira, Ipê, Jacarandá, Uvaia, Araucária e a Tipuana. As exóticas Palmeira real e a Grevilea são de origem da Austrália, a Magnólia é dos Estados Unidos da América, o Alfeneiro da China, a Palmeira sagu, da China e também do Japão, a Cerejeira, a Mangueira, a Tamareira anã e o Cipreste do Himalaia são originários do continente Asiático. A Praça Eduardo Virmond Suplicy foi palco da Revolta dos Posseiros, em 1957. Em 1963, foi o local escolhido para serem entregues os títulos de propriedade fornecidos pelo Getsop.
No seu início, na área física da praça havia um campo de futebol e uma casa. Na administração do prefeito Antonio de Paiva Cantelmo , em 1960, a quadra toda foi rebaixada e formada a praça, com passeios calçados, canteiros de grama, flores, árvores e um obelisco no centro.
A Praça, o calçadão e a Concatedral Nossa Senhora da Glória delimitam o centro da cidade; podemos afirmar que o desenvolvimento se deu a partir da praça e da igreja. Pra mim, a praça é referência para quase tudo. Se preciso indicar um local, é a partir dela que inicio as minhas orientações. A feira acontece semanalmente no espaço multiuso que é anexo a praça, se tornando local de encontro de amigos e comerciantes que ali vendem seus produtos. É ponto de lazer, de trabalho, de campanhas de saúde e educacionais. Muita da nossa história como município se desenvolveu na praça. Eventos marcantes como os espetáculos de Natal, chegada do Papai Noel, as primeiras edições da Expo Feira Mulher, grandes comícios políticos (quando era permitido) e shows com grandes artistas, um dos últimos foi com Padre Reginaldo Manzotti aconteceram no local.A origem do nome da praça | Eduardo Virmond Suplicy era paranaense, natural Lapa. Nasceu em 18 de novembro de 1897, Engenheiro Agrônomo, graduado em Piracicaba (SP), no ano de 1922. Foi o primeiro administrador da Cango (Colônia Agrícola Nacional General Osório), de 1943 a 1955, período de formação do povoado que virou sede do município e cidade polo regional.
Fontes: Bruna Kisathowski Fiss – Mestre em Educação, pela Unioeste de Francisco Beltrão | Jornal de Beltrão | Prefeitura Municipal de Francisco Beltrão.