Francisco de Assis, o seu criador, era filho de um comerciante. Ele tinha o intuito de reconstruir, na época, a igreja e para isso alimentava os trabalhadores com o pão tradicional do período, chamado Moccia, e com vinho, além de realizar mutirões para arrecadar insumos e materiais para a obra.
Nesse tempo, o pão era produzido com uma farinha de qualidade inferior e tinha uma massa bem mole. Ela era fermentada em um cocho, depois porcionada em pedaços e, em seguida, assada em um forno de pedra lisa. Devido ao fato de a massa escorrer antes de ficar completamente assada, os pãezinhos saíam com um aspecto achatado.
Quando a reforma terminou, Francisco passou a ter seguidores (amigos e trabalhadores da igreja). A partir de então, a sua missão era alimentar quem tinha fome e, para que as massas de pães rendessem, ele passou a adicionar maiores quantidades de água. O resultado foi a formação de uma diferente receita para a época e bastante similar ao que, hoje em dia, chamamos de ciabatta.
Ciabatta é uma palavra italiana. Em português, é traduzida para “chinelo” ou “pantufa” e em inglês para “slipper”. Não se sabe ao certo se o nome foi dado ao pão devido ao fato de o seu formato ser semelhante ao de um chinelo ou devido aos Frades Franciscanos, no século XIII, serem conhecidos como “Fratti di Ciabatti” na Itália, ou seja, frades de sandálias.
O pão italiano é super crocante e versátil: é consumido puro, como entradinha em restaurantes e recheado nas padarias.
Fonte: Chef Janete Lazaretti, no curso de Preparo de pães, do SENAC.