A Caverna da Vida

Em dados momentos da vida, sentimos que entramos em uma espécie de caverna, sem certeza alguma do que encontraremos. Imagine que você está entrando em uma caverna, agora, ao lado de muitas outras pessoas. Realmente, não é possível enxergar nem sequer um ponto de luz.

Tudo o que você possui são velas, fósforos, palha e lanternas, além de medos e receios, mas também muitos sonhos e esperanças.

Ao caminhar caverna adentro, você vê a luz da entrada ficar cada vez mais distante, até um certo momento em que você é tomado pela escuridão. Assim iniciamos a jornada. Sem enxergar o que virá.

Mas espere! Você pode usar a lanterna, lembra?

Apontá-la para trás, fará você enxergar o caminho que já percorreu, mas não te dará visão futura. O passado já ficou.

Iluminando a si mesmo, você se enxergará, se reconhecerá, mas sua visão ficará ofuscada.

Direcionando à frente, você conseguirá ver as outras pessoas, o caminho a percorrer e poderá planejar seus próximos passos.

A cada novo ponto percorrido, acenda uma vela e coloque palha sob ela. Serão marcadores do seu trajeto e apontará seus grandes e pequenos sucessos conquistados e dificuldades/obstáculos vencidos.

Acenda outras, mas desta vez sem a palha, para os momentos de fracasso, tristeza, medo e desânimo. Aos poucos, essas velas vão derretendo e ficam ali, no passado.

Contudo, as que você colocou palha, são as mais importantes. Elas simbolizarão as vitórias, bons momentos, conquistas e permanecerão acesas em seu trajeto por um pouco mais de tempo, apoiando se você precisar voltar para rever o caminho. Sua história construída.

Continue explorando a caverna da vida. É um labirinto com muitas probabilidades, boas e ruins.

Ilumine outras pessoas, pois a sua bateria pode acabar e serão elas as pessoas que te iluminarão, até que você carregue a sua, novamente. E quando carregar, seja grato pela luz e por quem te iluminou.

Algumas pessoas vão escolhendo caminhos diferentes. É natural. E talvez, por ali, não seja o caminho da sua saída.

Outras, são guiadas por anjos, no percurso para caminhos ainda desconhecidos, porém de paz onde, um dia, também conheceremos. Mas não agora. Não, ainda.

Continue caminhando. Continue acendendo velas.

Em certo momento, você verá um ponto de luz no horizonte.

É lá!

Não solte suas fontes de luz, nem se distancie das pessoas!

Afinal, pode haver um buraco no chão em que você caia.

Caminhe, vamos. Você está chegando!

E quando for tocado pela luz natural que invade os primeiros metros da caverna, desligue sua lanterna em segurança e admire um belo jardim, ensolarado, para viver, enxergar e mostrar ao mundo, a pessoa que você se tornou durante a caverna.

Lembre-se do que passou. Lembre-se das vitórias.

Você não precisa mais entrar na caverna. Você já venceu ela!

Suas chamas, agora, seguem acesas dentro de seu coração.

Seja grato e confie.

Viva. Apenas viva.

Siga em frente.

Siga, enfrente!

Autor: André Castello | @acastello.oficial

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