Fotografia | Cinthia Vicini
A Pâmela é uma garota que tenho admiração. Um profissional competente em tudo o que faz, talentosa até dizer chega (é parceira aqui do Blog, na categoria Faça Você Mesmo), esposa do Henrique e mãe da fofura da Luísa. Poderia enumerar muitas qualidades dela, a mais linda de todas é o processo de amadurecimento e aceitação do corpo o qual ela esta passando. Conversamos por várias vezes sobre isso, ela é um charme, linda, tem uma risada gostosa de mais e um papo interessante, então ter um corpo magro é realmente necessário ?
Ela se deu de presente um ensaio fotográfico para comemorar sua nova fase, no Instagram (@pamelafiori) tem ensinado dicas super bacanas sobre Estilo, fala com propriedade, afinal é formada em Moda.
Pedi autorização para compartilhar seu depoimento, ela me disse que não parece mas, foi muito difícil posar para essas fotos se desnudando de uma maneira que ela própria pudesse se ver.
Gostaria de sensibilizar você que lê e usar uma frase que gosto muito: “Melhor do que corpos lindos, precisamos de almas lindas!” Para minha sorte Pâmela a tem, e eu tenho o prazer de conviver com ela.
“Ao contrário da época dos meus 21 anos, quando eu tinha o cabelo mais comprido e brilhoso, a cintura mais fina, muito mais disposição e 20 kg a menos, hoje me sinto infinitamente mais segura e bonita.
Estou em processo de cura e aceitação. Nessa jornada, passei por momentos realmente difíceis: meu corpo sofreu muito depois da gestação e, para piorar, minha bebê foi para a UTI. Sofri abuso obstétrico e várias outras dificuldades emocionais que me obrigaram a buscar ajuda. Depois de algum tempo em busca de autoconhecimento e amor próprio, hoje – como um presente em minha vida – consigo ver as “imperfeições” que o tempo deixou como a beleza da minha história.
Afinal, o que é uma cicatriz ou uma estria comparada a dádiva de poder gerar uma vida? Isso se torna tão pequeno e frívolo contraposto a tantos outros momentos maravilhosos que vivemos.
Um documentário, que assisti há um tempo, mostrava uma senhora que exibia, feliz, a falta de um seio. Não significava que ela estava feia, mas sim que havia ganhado a luta contra o câncer. Foi nesse momento que me senti tocada.
Porque não podemos dar valor às coisas que realmente importam? Porque reclamamos tanto do nosso corpo, que é saudável e sagrado em tantas maneiras diferentes?
Vamos nos permitir a liberdade de nos amar, de calar aquela parte da nossa mente que diz que não somos boas o suficiente. Porque nós somos, sim. Somos perfeitas, exatamente assim, com estrias, celulite, e um pouco de neuras. E é isso que nos faz unicamente lindas.
Texto: Pamela Fiori Namiki | Edição: Sarah Zanforlin
Fotografia | Cinthia Vicini | Rua Antonio de Paiva Cantelmo – Ed. Guilherme Kruhs, Sala 22 – Centro, Francisco Beltrão – PR | 46 9 8806 4817 | Instagram.com/cinthiavicini/
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