Nossas Crenças em Tempo de Pandemia

Por Franciele Schmitz | Psicóloga

“Vivemos dias de incertezas! Nossos planos, aquela vida corrida e os finais de tarde no parque foram reduzidos ou até interrompidos temporariamente. Cancelaram nossos abraços, os almoços de domingo em família e as idas à igreja para renovação da fé. Por outro lado ganhamos tempo… Tempo para pensar em si, para fazer aquelas guloseimas que amamos e ver aquela série que está pendente na nossa lista de prioridades.  Vivemos também momentos de contradição, ir ou ficar, abrir ou fechar, ouvir fulano ou sicrano. O que temos certeza é que todas essas escolhas e cuidados têm relação direta com aquilo que acreditamos.

Você já deve ter ouvido por aí aquelas crenças populares do tipo, quebrar espelho dá azar, trevo de quatro folhas dá sorte, orelha esquenta quando falam mal de você, tomar manga com leite pode ser mortal, palma da mão coçando é sinal de dinheiro… As crenças comandam nossas ações e dão significado ao que fazemos. Elas são tão importantes na nossa vida que podem nos fazer entrar em ação ou paralisar nosso comportamento.

Se você está cercado de pensamentos que te limitam, muito provavelmente terá uma vida limitada. Já parou pra pensar quantos pensamentos com a crença de que não vai dar certo você tem por dia? Ou… Quantas são as desculpas que dá a si mesmo para seguir boicotando seus planos? Em tempo de Coronavírus vimos muita gente fixada na crença limitante. Eu não posso, eu não sei, nós não vamos conseguir.

Se abordarmos conhecidos ou mesmo grupo de médicos sobre a cura de pacientes sem o uso de medicamentos ou cirurgias, ouviremos inúmeras histórias. Estudos comprovam que muitas pessoas são curadas pela participação ativa da mente no tratamento da doença. Não foi necessariamente o medicamento composto de farinha (placebo) que fez a diferença, mas o fato do paciente acreditar que poderia ser curado. Nesses casos, as emoções, crenças e expectativas têm uma influência significativa na saúde/doença, bem como na representação de quem você é.

Sendo assim, em tempos de pandemia a precaução é algo necessário e deve ser entendida como obrigação de todos e não como uma escolha. No entanto, a crença que se tem sobre o que é vivenciado deste momento ou as crenças que amparam as escolhas posteriores a esta fase é algo individual. Prefiro ser positiva e me apoiar nas frases de Walt Disney que diz “Não deixe que seu medo tome conta de seus sonhos” ou de Ayrton Senna, “Na diversidade, alguns desistem, enquanto outros batem recordes”. Depois que tudo isso passar, em que crenças vai basear suas ações? Agora é uma boa hora para reflexão”.

 

Franciele Schmitz | CRP 12/16481 | Psicóloga formada pela UFSC com experiência de mais de dez anos nas áreas de recrutamento e seleção, desenvolvimento humano e políticas públicas. Especialista em Gestão Empresarial com ênfase em Pessoas. Atua como gestora na área de cuidado de pessoas e palestrante de diversos temas que envolvem relações interpessoais e comportamento humano.

Trabalhou em empresas como BRF, Parati Alimentos e SENAC PR. Determinada, comprometida, comunicativa e com facilidade de relacionamento interpessoal. Gosta de desafios.

Enquanto psicóloga sua principal missão é estimular o desenvolvimento de pessoas que desejam ter uma relação melhor consigo mesmas, com suas escolhas e nas relações com os outros.

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